O medo e a vulnerabilidade são emoções poderosas. Evitar essas emoções, fingir que não as sentimos ou criar narrativas para negar sua influência não é somente nocivo como priva-nos de relacionamentos profundos e uma vida plena. Afinal, o ser humano é um ser social. Encontramos significado quando criamos vínculos. O desenvolvimento da empatia, a criatividade e a autenticidade também são frutos da nossa abertura à vulnerabilidade. A nossa relação com Deus também passa pela vulnerabilidade. Não há como se ter proximidade com Deus sem assumir nossos temores, nossas limitações, sem falar de nossos sentimentos. Estamos desesperados para nos livrar da vergonha que por vezes não somos sinceros em nossas relações. Nessa investida, é tentador transferir à outros nosso sentimento de inadequação por medo de assumir nossas fragilidades. Em uma cultura que é cruel com o outro, que o usa como alvo de nossas insatisfações. É preciso ter ainda mais coragem para ser vulnerável. Certamente esse esforço é recompensador e apoiado pelas escrituras.