O Antigo Testamento é repleto de encontros entre Deus e os seres humanos. Muito embora a entrada do pecado tenha atrapalhado os planos divinos de habitar conosco e compartilhar sua presença, Deus não desiste de buscar a reaproximação. Seja aparecendo aos patriarcas em visões, ou falando com eles; seja numa sarça ou nuvem de fogo; ou mesmo no Sinai, mas, principalmente através do Santuário, Ele torna Sua presença acessível aos seres humanos novamente. Contudo, esta presença poderia ser perdida com a rebelião de Israel. Como consequência da quebra da Aliança, Deus afirma que “esconderia o seu rosto” (hester panim – Dt 31:18). Esta ação divina é entendida de diversas maneiras, e uma das mais marcantes tem a ver com Deus se “ausentar”/ “abandonar” Seu povo. Pelo menos esse era o sentimento que Israel iria experimentar: abandono. Apesar de ser experimentada em outros momentos (Salmos), o exílio é o contexto em que essa expressão ganha mais intensidade. Especialmente, no livro de Isaías ao profeta anunciar o exílio eminente. Alguns personagens como Ester, Daniel e José se tornam exemplos de como vivenciar a fé em tempos de desorientação e incertezas, ao lidar com o exílio, e com a aparente ausência de Deus.